Curadoria e produção: Ingrid Noal
ABERTURA da EXPOSIÇÃO: 2 de agosto de 2016 ás 19 horas.
VISITAÇÃO: de 3 de agosto à 3 de setembro de 2016
RODAS de CONVERSA aos SÁBADOS (15 horas): 13, 20 e 27 de Agosto, e 03 de Setembro.
Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo, Andradas 1223, Porto Alegre, RS.

foto: Ingrid Noal
A exposição Porto Negro apresentou a diversidade da produção artística afrobrasileira de Porto Alegre e região metropolitana.
Porto Negro, além ter sido uma exposição de artes visuais, foi um projeto que abriu espaço para reflexões, troca de ideias e debates. Durante a mostra ocorreram rodas de conversa com artistas e convidados, momentos em que o público participou, expôs suas opiniões e questionamentos.
A mostra contou também com a performance de Silvana Rodrigues e participação do artista convidado Moisés Patrício, que trouxe suas vivências artísticas e culturais de São Paulo colocando-as em diálogo com Porto Alegre, e para a exposição apresentou um trabalho realizado em nossa cidade.
O projeto teve como objetivo propor discussões e colocar em comunicação artistas provenientes de contextos artísticos muito diversos. Foram apresentados 28 artistas, entre as obras pode-se perceber algumas consideradas pelo sistema legitimador da arte como contemporâneas, outras arte popular e também naife. A exposição foi um convite a reflexão sobre essas denominações, suas imbricações e juízos de valor.
Visando romper com estereótipos e rotulações, Porto Negro propôs o diálogo através de obras muito distintas, provocando reflexões sobre diferentes concepções do que é arte.
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ABERTURA: 2 de agosto de 2016

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fotos: Ingrid Noal
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1ª RODA DE CONVERSA:
A 1ª roda de conversa contou com a historiadora Juliana Ribeiro da Silva Bevilacqua, e também com a presença dos artistas integrantes do Porto Negro.
Juliana Bevilacqua é autora do livro “Homens de Ferro Os ferreiros na África central no século XIX” (São Paulo: FAPESP; Alameda, 2011) e co-autora do livro África em Artes (São Paulo: Museu Afro Brasil, 2015).
Mestre e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo, Juliana atuou como educadora e pesquisadora no Museu Afro Brasil durante 10 anos (2004-2014) e atualmente leciona o módulo de arte africana no programa de pós-graduação em História da Arte no Centro Universitário Belas Arte. A pesquisadora é membro do ACASA (Arts Council of the African Studies Association) desde 2010 e em 2015 foi editora convidada da revista americana Critical Interventions. Journal of African Art History and Visual Culture de um número especial sobre arte afro-brasileira.

foto: Wagner Innocencio
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2ª RODA DE CONVERSA do PORTO NEGRO:
A conversa contou com a participação de Pedro Rubens Vargas e presença dos artistas Dirnei Prates, Estevão da Fontoura, Luis Pedro Fraga, Rafael Souza, Sandra Simões, Silvana Rodrigues e Waldemar Max.
Nessa roda de conversa os artistas puderam falar sobre seus trabalhos e vivências artísticas e Pedro Vargas trouxe suas experiências museológicas a respeito da presença de artistas negros nos acervos de Porto Alegre e seus conhecimentos sobre os territórios negros da capital.
Pedro Rubens Vargas é Mestre em Planejamento Urbano e Regional pelo PROPUR/UFRGS, especialista em Patrimônio Cultural em Centros Urbanos pela UFRGS, e Especialista em Museologia pela PUCRS, atualmente trabalha nas pinacotecas Ruben Berta e Aldo Locateli.

foto: Ingrid Noal
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3ª RODA DE CONVERSA do PORTO NEGRO:
A conversa contou com a participação dos artistas Giuliano Lucas, Irene Santos, Sandra Simões e Silvana Rodrigues.
Os artistas falam sobre suas pesquisas, vivências artísticas e a experiências com a exposição. As conversas do Porto Negro tiveram como objetivo, propor momentos em que todos os presentes (artistas, convidados e público) puderam manifestar-se, fazendo suas colocações e questionamentos.
Porto Negro, além de ser uma exposição de artes visuais, foi um projeto que abriu espaço para reflexões, troca de ideias e debates.

foto: Ingrid Noal
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4ª RODA DE CONVERSA do PORTO NEGRO e ENCERRAMENTO:
No último dia de visitação, ocorreu a última roda de conversa, que contou com a presença de Claudinei Roberto da Silva, e dos artistas Dirnei Prates, Estevão da Fontoura, Leandro Machado, Luís Pedro Fraga, Marcelo Monteiro, Marcos Porto, Rafael Souza e Silvana Rodrigues.
Com formação na USP, Claudinei Roberto da Silva é professor, artista visual e curador. Como professor atua no SESC Pompéia São Paulo, entre suas várias atividades realizadas na educação, trabalhou no Museu Afro Brasil de 2010 a 2013 como coordenador do Núcleo Educativo. O artista possui obras em catálogos como “A Mão Afro-Brasileira. Significado da Contribuição Artística e Histórica” e “Para nunca esquecer: Negras Memórias, memórias de negros”, organizados por Emanoel Araujo. Em 2016 Claudinei realizou com Clarissa Diniz e Sandra Leibovici a curadoria da 13ª Edição da Bienal Naïfs do Brasil no SESC Piracicaba e também participou com texto crítico na Exposição “Territórios: Arte Afro-Brasileira no Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo” – Curadoria de Tadeu Chiarelli.

foto: Ingrid Noal
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